O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está sem vacinas contra a Covid-19 para entrega imediata após parte dos lotes adquiridos da farmacêutica Moderna perder a validade nos estoques do Ministério da Saúde. A situação afeta principalmente o público infantil, que sofre com a falta de imunizantes.
Cerca de 4,2 milhões de doses de um contrato de 12,5 milhões de vacinas da Moderna, adaptadas à variante XBB, ficaram paradas no estoque, e 1,2 milhão já foi recolhida para troca por unidades com validade estendida. As outras 3 milhões de doses, vencidas, devem ser substituídas por vacinas da variante JN.1 em dezembro.
O contrato emergencial, no valor de R$ 725 milhões, foi assinado com atraso e as primeiras entregas ao SUS ocorreram apenas em maio. Além disso, a Moderna entregou vacinas com validade mais curta do que o esperado, o que fez o Ministério da Saúde solicitar a troca dos lotes em agosto, sem custos adicionais.
Em setembro, a Anvisa autorizou a importação de 1,2 milhão de vacinas substitutas, com validade até 2025, mas essas doses ainda precisam passar por controle de qualidade antes de serem distribuídas.
O Ministério da Saúde atribui a situação a uma combinação de fatores, como a curta validade das vacinas, a exigência de armazenamento em baixas temperaturas e campanhas de desinformação.
O diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, o médico Eder Gatti, declarou à Folha de S.Paulo que a pasta está ciente que os estados estão com estoque para adultos e que o desabastecimento de vacinas infantis será resolvido.
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